Boa noite... Sei q dei uma sumidinhas, mas pensem naquele ditado q diz q noticia ruim chega logo então se não ouviram falar de nada é sinal q está td bem :)
Na verdade anteontem eu escrevi um post, mas tive um pequeno acidente (dedo com vontade própria) e perdi tudo antes q conseguisse publicar. Hj com certeza não ficará igual. Nem me lembro exatamente sobre o q falava. Por isso mesmo q fiquei com raiva :( e decidi deixar pra postar depois.
Estamos bem. Bem até onde nos permitem. Estive pensando numas coisas ultimamente. Nada sério. Aliás estive pensando em muitas coisas ultimamente q nem valem a pensa serem comentadas... cada besteira. O tempo livre faz a mente da gente viajar e qdo percebemos temos q dar uma sacudida pra acordar hihihi
Lembro q no outro post eu falava da estranheza q era não sentir nada. Se por um lado o q toda mulher grávida deseja é não sentir nada (enjoos, tontura, dores), pra mim já virou um hábito sentir de tudo. Talvez por isso me preocupe em ficar muito tempo sem sentir nada. O fato de não sentir nem mesmo uma cólicazinha já faz a cabeça funcionar a milhão tentando concluir se tem alguma coisa errada. De repente eu me acostumei a sempre sentir alguma coisa. E não sentir nada me fez ficar preocupada. Se qdo tudo está bem, qq coisa diferente já deixa a gnte cheia de neuras imaginem comigo...
Essa semana foi uma semana de liberdade. Meu médico foi viajar e me deixou por minha conta. Disse q confiava em mim e tinha certeza q iria fazer tudo certinho como já tinha feito até agora. Em 11 dias eu estive em consulta (com ele) umas 4 vezes, fora os contatos telefonicos e os médicos q procuramos pra uma segunda opinião. E de repente tenho 11 dias de folga. Me senti um tanto insegura em saber q ele estaria longe...
Engraçado como minha vida tem se dividido em ciclos. 11 dias de intensas consultas médicas e agora 11 dias sem ele. 8 semanas desde a curetagem e agora mais 8 semanas para o parto. Me parece q cheguei ao fim de um ciclo e tudo vai recomeçar de outro modo.
Falando em recomeçar... Logo q engravidei depois de tantas tentativas entrei em parafuso. Primeiro pq eu era uma grávida atípica. Não tive enjoo nem nenhum outro sintoma. Nem atraso deu tempo de ter. Fiz o exame antes. Sou um tanto quanto controladora com a minha vida. E engravidar foi como perder o controle. De uma hora pra outra, não era mais eu q mandava no meu corpo. As transformações não seriam determinadas pelas minhas atitudes. Um outro serzinho tinha sido destinado a comandar a minha vida. Tudo muito estranho.
Talvez tenham sido somente os hormonios entrando em ação, fugindo do controle. Já tinha lido a respeito disso. Aliás antes mesmo de engravidar eu já tinha lido tudo a respeito. Não gosto muito de surpresas então sempre me preparei. Achava q seria muito mais fácil. Ledo engano. Do q adiantava saber toda a teoria se exatamente comigo tudo era diferente.
Então meio q incoscientemente, apesar de desejar ter mais filhos, tinha me decidido q aquela seria a última. As semanas demoravam muito pra passar. Talvez por descobrir tão cedo parecia q o relógio biológico tinha parado. O primeiro US demorou um ano. Passar pelo primeiro mês demorou uns 10 anos. E como estava demorando pra sair do primeiro trimestre... Ufa!!! Afinal me conformava e tranquilizava pq tudo demorava, mas no final seria por um bom motivo. Qdo o "aborto" aconteceu fiquei duplamente arrasada. Primeiro pelo motivo mais óbvio. Tinha perdido meu anjinho. Depois de tanta batalha, tanto empenho e amor ele tinha partido. Não era o aborto de um feto. Era a morte de um filho. Em segundo lugar a perspectiva de tudo ter saído de controle me apavorava. Teríamos q começar tudo de novo. Nunca fui muito boa de recomeços. Recomeçar significava fracassar. E essa não é uma das minhas palavras preferidas. Repentinamente tinhamos chegado a estaca zero. Logo pra mim q tinha sido tão doído ir adiante.
O primeiro pensamento foi o de não ter filhos tão cedo. Esperar alguns anos mais... Ou até desistir. Felizmente além de não gostar de fracassar gostava igualmente de desistir. Resolvi deixar pra pensar a respeito mais pra frente.
Então sem mais nem menos tive a prova de q recomeçar nem sempre é um fracasso. Pelo contrário, muitas vezes a oportunidade de recomeçar é uma tremenda vitória. Quem diria q eu teria a oportunidade de recomeçar (talvez o certo seria dizer continuar, mas devido as circusntâncias foi um recomeço). Acho q a Melissa já me deu muitas provas de q somos parecidas. E q vamos aprender muito juntas. Ela assim como a mãe tb deve detestar desistir. E resolveu me ensinar a recomeçar. Ela esteve sozinha por longas 5 semanas. Semanas q teve q enfrentar uma mãe enlouquecida, transtornada, adoentada, entregue ao trabalho. E ela resistiu firme. Ela tb não deve gostar de fracassar... E qdo duas pessoas persistentes se juntam no final só podem conseguir. E se a nossa missão no final não for ficar juntas, se tivermos q nos separar, terá ficado a lição q nem sempre é tão ruim um recomeço...
Antes eu achava q já era mãe. Agora tenho certeza q já tenho uma filha. E isso aconteça o q acontecer nunca poderá ser mudado...
Por Pri e Mumu * 19:07