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quarta-feira, 18 de julho de 2007
Quando um filho da gente morre, é jstamente essa a impressão q fica. Que o mundo vai parar. Que o tempo nunca vai passar. Parece q estamos condenados a sangrar o coração a vida inteira. E nada parece menos justo q isso. Não nos damos o direito de sorrir, de se alegrar, de continuar vivendo (no sentido real da palavra). Mas pq? Perder um filho deve ser infinitamente pior q perder um membro (digo deve pq não tenho essa experiência). Só sei dizer q me senti (e ainda sinto às vezes) deficiente com a partida da Melissa.
Tudo q um dia eu sonhei pra minha vida se desmoronou. Ser mãe é um sonho muito antigo, que está comigo a muito tempo. Sempre idealizei q teria uma menina. Era assunto encerrado pra mim. Até brincava (e Deus me perdoe por essa bobagem e já pedi perdão muitas vezes) que se fosse homem eu dava. (Perdão mais uma vez)A hipótese de ter um menino só apareceu qdo eu comecei a tentar engravidar. Então meio q me preparando pro meu sonho não realizar comecei a pensar num filho. Tanto é q qdo engravidei logo pensei no bb como menino o Arthur. Mas por uma ironia do destino, meu tão sonhado filho seria da forma q eu sonhei: uma linda menina. Por uma ironia maior ainda tive q dar minha princesa. Entreguei ela ao Criador tão lougo soubre do problema. Pedi a Ele q olhasse por ela, que não permitisse sofrimento maior do q o necessário. E foi feita a vontade dEle. Ela se foi. Tenho certeza q no momento mais certo. Por isso q em nenhum momento me revoltei. Já estava resolvido q tudo o q nos fosse permitido aconteceria.
Como parte do "trato" não consigo me permitir ficar inconsolável. Não consigo me permitir ficar depressiva, nem revoltada. Tenho plena consciencia de q fiz o q foi possível. Aliás fiaz muito mais o q o possível. Fiz mais do q o aconselhável pelos médicos. Dei o tempo q ela precisava pra partir. Todas as noites converso com minha filha. E choro... Isso não da pra controlar. A emoção sempre vai aflorar.